Pai Rico, Pai Pobre
O livro que mudou minha trajetória financeira
Publicado em 07,abril 2025

Pai Rico, Pai Pobre: o livro que mudou minha trajetória financeira
“A escola prepara você para conseguir um bom emprego. Mas não para ser dono do seu próprio dinheiro.” – Robert Kiyosaki
Considerando o lugar onde cresci, olhando em retrospectiva e percebendo o padrão de consumo que meus amigos e eu tínhamos naquela época — ou pelo menos desejávamos — ficou muito claro, pra mim, que o livro Pai Rico, Pai Pobre foi um ponto de inflexão na forma como encaro meus gastos hoje.
Minha mãe batalhou bastante para que nada nos faltasse. Seu esforço era o suficiente para cobrir o básico. Por isso, desde cedo, entendi que se eu quisesse comprar um boneco, jogar Counter Strike na lan house, sair pra comer um hambúrguer ou pegar aquele sonho de padaria recheado com doce de leite, eu teria que dar os meus pulos.
Foi assim que, meio que de forma forçada, fui instigado a buscar maneiras de fazer meu próprio dinheiro. Desde os 7 anos, vendia latinhas, vigiava carros na frente do supermercado, fui monitor de cama elástica... Até parece uma daquelas histórias de empreendedor de sucesso que começou cedo. Mas, no meu caso, tudo o que eu ganhava tinha um único destino: comprar aquilo que eu queria e que minha mãe, muitas vezes, não podia me dar.
À medida que crescemos, nossos desejos vão ficando mais caros. E, pra minha sorte, aos 16 anos, voltando da escola, encontrei o livro Pai Rico, Pai Pobre em uma estante de trocas na parada de ônibus. Li a contracapa, achei interessante e resolvi levar pra casa. Afinal, quem não quer saber o segredo de ficar rico?
Logo de cara, o livro me fez perceber que eu já estava dentro da tal "corrida dos ratos" — em menor escala, é verdade — mas com grandes chances de terminar do mesmo jeito que muita gente termina: cansado, endividado e preso ao trabalho.
Mais do que um alerta, o livro me mostrou que era possível realizar meus desejos, mas de forma sustentável.
Desde então, venho trabalhando pra construir minha carteira de ativos. A diferença é que, hoje, meu maior desejo não é comprar um novo brinquedo — e sim conquistar minha liberdade financeira.
O que é o livro "Pai Rico, Pai Pobre"?
Escrito por Robert Kiyosaki, o livro apresenta a visão de duas figuras paternas:
- O Pai Pobre, que representa a mentalidade tradicional: estude, arrume um emprego seguro, trabalhe duro, e evite riscos.
- O Pai Rico, que pensa como investidor: faça o dinheiro trabalhar pra você, construa ativos, e cultive inteligência financeira.
Essa dualidade serve como metáfora para as duas formas de enxergar o dinheiro.
As 3 lições que mudaram minha vida
1. Ativos vs. Passivos
“Os ricos compram ativos. Os pobres e a classe média compram passivos achando que são ativos.”
Essa foi a primeira paulada.
Eu sonhava em ter dinheiro para comprar aquele carro tão desejado — aquele que, na minha cabeça, simbolizava que eu tinha ficado rico. Mas o livro me fez perceber que esse mesmo carro poderia, na verdade, representar o oposto: a confirmação de que eu ainda estava preso à mentalidade de consumo, e não de construção de riqueza.
Nunca tinha parado pra pensar que um carro pode ser um passivo — algo que tira dinheiro do seu bolso — enquanto um apartamento alugado, por exemplo, pode ser um ativo, que gera renda e te aproxima da liberdade financeira.
2. Faça o dinheiro trabalhar por você
Uma das maiores viradas de chave pra mim foi entender que existem duas formas de lidar com dinheiro:
ou você trabalha por ele, ou faz ele trabalhar por você.
Durante muito tempo, eu achava que ganhar bem significava apenas conseguir um bom emprego. Mas o livro me mostrou que a verdadeira liberdade vem quando você constrói fontes de renda que funcionam mesmo sem sua presença ativa — como investimentos, negócios próprios, ou ativos digitais.
Foi aí que comecei a buscar formas de criar renda passiva. Percebi que, se eu quisesse ter tempo, autonomia e tranquilidade no futuro, precisaria plantar agora os ativos que me sustentariam mais tarde.
Essa mudança de mentalidade transformou minha relação com o dinheiro: ele deixou de ser um fim, e passou a ser uma ferramenta.
3. A diferença entre educação escolar e educação financeira
O livro mostra que a escola nos prepara para tirar boas notas, passar no vestibular e conseguir um emprego.
Mas não ensina quase nada sobre como lidar com dinheiro.
Foi aí que percebi: se eu quisesse aprender sobre dinheiro de verdade, teria que buscar esse conhecimento por fora.
Desde então, passei a estudar por conta própria e descobri um mundo que ninguém me mostrou na escola — e que faz toda a diferença na vida real.
Como minha vida mudou depois disso
Depois da leitura, eu:
- Comecei a buscar informações e a estudar sobre investimentos.
- Parei de ver o trabalho como a única fonte de renda possível.
Não foi da noite pro dia, na verdade não foi ainda, está sendo. Mas o mais importante aconteceu: minha mentalidade mudou.
Vale a pena pra você?
Sim — especialmente se você sente que nunca foi ensinado a lidar com dinheiro. O livro não te dá fórmulas mágicas, mas te ensina a pensar como uma pessoa financeiramente livre. Particularmente, hoje tenho algumas ressalvas mas isso é assunto para outra hora. Porém, é uma excelente ferramenta para você que necessita dessa mudança de mentalidade para mudar sua situação também.
Se você está em busca de autonomia, propósito e inteligência financeira, esse livro pode ser um ótimo ponto de partida.